Sobre Lentes e Fenômenos Ópticos | paredes ópticas

optical walls | paredes ópticas

Artistas:
Youichi Sakamoto

Instalação:
optical walls
paredes ópticas
2022

Paredes ou fenômenos ópticos?

Uma grande e longa sala escura convida os visitantes a entrarem e percorrerem-na. Um novo ambiente é proposto, como se uma passagem fosse criada dentro do espaço da exposição e, como um túnel, a obra oferecesse um local totalmente novo e permeável. No centro, três retângulos pairam no ar, como se fizessem uma dança na qual se encontram, se cruzam, se atravessam. Estas formas ora ficam totalmente eretas, ora encontram-se paralelas ao chão.

Esses corpos flutuantes são feitos de luz e possuem apenas contornos, sem preenchimento, o que faz com que assumam uma aparente solidez que é dissipada ao toque ou assim que o visitante tenta penetrar a estrutura. Como o nome da obra nos dá a dica, essas formas simulam paredes - feitas a partir de um fenômeno óptico. Ou seja, a instalação apresenta um conjunto de três lentes desenvolvidas especialmente para esse trabalho, associadas às luzes de LED instaladas em diversos pontos e que giram em dois eixos diferentes. Ao passo que as fontes de luz encontram as lentes, feixes paralelos de luz se formam. Adicionando fumaça, que cria um tipo de neblina que paira permanentemente no espaço, esses feixes ganham volume, revelando grandes formas geométricas.

Dê o play:

Saiba mais sobre fenômenos ópticos e o funcionamento de lentes, com Mikiya Muramatsu, professor sênior da Área de Ótica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).

 

Desenvolvido por Youichi Sakamoto, membro do Rhizomatiks, esse trabalho teve início em 2017, quando a Mitsui Chemicals, empresa japonesa do setor químico, convidou a equipe do Rhizomatiks a realizar um trabalho em conjunto para seu programa Material Meets Creative Team, em português: material encontra a equipe criativa. Esse projeto visa a colaboração com artistas e outros profissionais de áreas criativas que empregam materiais e produtos para as mais variadas criações, sob perspectivas inovadoras, diferente de suas finalidades usuais. Nesse caso, a empresa combinou suas lentes e tecnologias de design óptico para que o Rhizomatiks pudesse desenvolver a instalação imersiva.

Pensamento artístico e desenvolvimento tecnológico: áreas análogas

Artista e engenheiro de hardware, Youichi Sakamoto entende essa obra como uma possibilidade de mostrar para o público que o pensamento criativo e artístico e o desenvolvimento tecnológico são áreas análogas, dois lados da mesma moeda capazes de apresentar novas experiências e não campos de pesquisa que andam separados.

Saiba mais sobre a exposição:

O que não se vê – Rhizomatiks
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