- Data
05.04.2022―12.06.2022
- Terça a sexta-feira
das 10h às 18h
- Sábados
das 9h às 19h
- Domingos e feriados
das 9h às 18h
- Custo
Entrada gratuita
Visite a exposição com o tour virtual 360º
[ím]pares
Criações extraordinárias
Metal, tecido, vidro, bambu, ratã, madrepérola, concha e até papel e casca de ovo são matérias-primas para as designers de joias japonesas Miki Asai, Naho Okamoto, Mariko Kusumoto, Emiko Suo e Nahoko Fujimoto criarem suas intrigantes peças, que estão reunidas na exposição inédita [ím]pares, na Japan House São Paulo. A mostra apresenta a estética japonesa por meio de 75 criações inovadoras, entre colares, pingentes, brincos, anéis, pulseiras e broches, e ocupa o térreo da instituição na Avenida Paulista, entre 5 de abril e 12 de junho de 2022.
Natasha Barzaghi Geenen, curadora da exposição e diretora cultural da Japan House São Paulo, comenta:
“Realizar uma exposição sobre a produção de joias e adornos japoneses era um desejo que vinha desde 2018. Depois de alguns anos de amadurecimento, pesquisas e descobertas, '[ím]pares' reúne uma amostra dessa produção atual, destacando mulheres designers que são pares em suas profissões mas completamente únicas e distintas em suas criações, que incluem elementos e materiais tradicionais com estéticas extremamente atuais e fascinantes”.
O conceito de adorno e o costume de se enfeitar assumiram diferentes significados ao redor do mundo com o passar dos anos. No Japão, foi após a Era Meiji (1868-1912) que a produção e a indústria de joias começaram a se desenvolver seguindo os padrões ocidentais, evolução que resultou na estética atual.
Exuberância na singularidade
Para além das associações mais imediatas sobre design japonês no Brasil – predominância de linhas retas de estilo minimalista – as obras selecionadas pela curadoria, 15 de cada artista, apresentam exuberância das formas, escalas, texturas, cores, de peças articuladas ou ainda de uma estética lúdica.
“Cada uma das designers de joias traduz, à sua maneira, a sutileza e força de um adorno. Acessórios são, por definição, não-essenciais, porém podem atuar de maneira extremamente decisiva e pessoal na construção da representação identitária para transmitir diferentes mensagens de acordo com o uso e combinação feita por cada pessoa”, comenta Natasha.
O nome da exposição, '[ím]pares', reflete a dualidade entre os estilos únicos das cinco designers e o fato de todas serem pares na profissão, área onde muitas mulheres são atuantes junto com designers homens que criaram marcas de joalherias de luxo internacionalmente reconhecidas.
"Designers pares em suas profissões e completamente únicas e distintas em suas criações"
Na exposição estão Mariko Kusumoto (cujo trabalho com tecido moldado para lembrar flores e corais já chamou a atenção de Jean Paul Gaultier) e Naho Okamoto, dona da SIRI SIRI (uma das grandes marcas de joalheria japonesa, que desenvolve um trabalho de economia sustentável junto a artesãos locais), dois nomes cujos talentos e projeções já ganharam o mercado internacional.
A seleção também destaca artistas como Miki Asai (reconhecida por seu trabalho delicado inspirado no conceito do wabi sabi – busca do belo na imperfeição), Emiko Suo (com duas séries de trabalhos em metal expostas na mostra, uma dedicada às linhas e outra às malhas de metais, que ganham aparência de tecido por serem revestidas com cerâmica) e Nahoko Fujimoto (seu trabalho com estruturas metálicas móveis e ímãs dá origem a peças inspiradas na natureza que se abrem e ganham volume).
JHSP Online + JHSP Acessível
A exposição conta também com programação paralela online e conteúdos compartilhados nas redes sociais da JHSP, além de recursos de acessibilidade, como elementos táteis e audiodescrição.
Sobre as designers:
Miki Asai
As peças de Miki Asai buscam a beleza por meio da imperfeição, explorando e exemplificando o conceito do wabi sabi. Para isso, ela usa materiais como casca de ovo, pequenos metais, laca japonesa e até pequenos pedaços de conchas e papéis, na criação de superfícies feitas de pedras minerais em pó, cujos efeitos contrastam com sua solidez e permanência.
Sua produção já foi premiada pela Japan Jewellery Designers Association (JJDA), em Tóquio, e pelo The Goldsmith's Centre (Londres), uma das instituições mais importantes no campo da produção artística em nível global.
Naho Okamoto (SIRI SIRI)
Idealizadora e proprietária da SIRI SIRI, marca considerada uma das mais importantes da atualidade no setor de moda e design no Japão, Okamoto trabalha em colaboração com artesãos e produz peças com o máximo cuidado e atenção às técnicas tradicionais japonesas, como o estilo de faceta Kiriko e os trabalhos em vime que estão expostos na JHSP.
Além da relevância comercial, qualidade e designs diferenciados, a empresa sediada em Tóquio possui políticas de sustentabilidade ligadas ao uso de materiais naturais e preservação do artesanato local, além de um programa de desenvolvimento e capacitação para jovens artesãos.
Mariko Kusumoto
Trabalhando principalmente com tecidos, fibras, resina e metal, Kusumoto produz peças etéreas, mesclando referências japonesas com outras ocidentais para criar joias e obras de arte leves, delicadas e inspiradas pela natureza. Sua produção é inteiramente artesanal e se destaca por seu aspecto lúdico vindo das cores, texturas e formas exuberantes.
Usando técnicas de termofixação, ela dá ao tecido uma nova identidade, remodelando-o em formas tridimensionais de uma delicadeza lúdica. Durante esse processo, a designer fica atenta ao acaso e possíveis imperfeições que possam aparecer, incorporando-as em suas criações, uma postura muito semelhante ao conceito wabi sabi. Dentre os destaques de seu trabalho está uma colaboração com Jean Paul Gaultier para a Paris Fashion Week, em 2019, além de exposições nos Estados Unidos, Portugal e Alemanha.
Emiko Suo
Emiko Suo se destaca no trabalho com metal, utilizando fios metálicos extrafinos, materiais de malha, entre outros, para explorar suas propriedades de tensão e leveza.
O domínio de técnicas sofisticadas e complexas de metalurgia, aprendidas com seu pai durante a infância, e posteriormente aperfeiçoadas na Tokyo University of the Arts, fez seu trabalho ser reconhecido no Japão e internacionalmente desde a década de 1990.
Nahoko Fujimoto
O trabalho de Fujimoto mostra um interesse pela tridimensionalidade, explorada utilizando papéis delicados e ímãs - que permitem que as peças, geralmente orgânicas e com referências diretas a elementos da natureza, como pássaros, conchas ou folhas, tenham movimento.
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A expografia é do escritório Metro Arquitetos.
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Serviço:
Exposição '[ím]pares'
Apoio: Japan Jewellery Designers Association (JJDA)
Térreo
Período: de 05 de abril a 12 de junho de 2022
Custo: entrada gratuita
A exposição conta com Recursos de Acessibilidade. Confira.
Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br
Japan House São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 52 – Bela Vista, São Paulo
Horário de funcionamento:
Terça a sexta-feira, das 10h às 18h
Sábados, das 9h às 19h
Domingos e feriados, das 9h às 18h
A Japan House São Paulo permanece fechada às segundas-feiras, sem exceção, inclusive em feriados.