Construir um equipamento cultural nos dias de hoje é um grande desafio. Instituições culturais, entre elas os museus, há muito deixaram a postura de locais elitistas e herméticos para serem pensados e projetados como locais de livre acesso, ampliando ao máximo seu caráter democrático, tentando atrair um público mais abrangente e levando em consideração seu entorno. Passam a ser locais onde as mais variadas atividades são realizadas, além das tradicionais exposições e salvaguarda de obras, com espaços dedicados também para cafés e restaurantes, para realizações de palestras, encontros, oficinas práticas, projeções, performances... São instituições complexas que devem proporcionar aos visitantes experiências singulares.
Formas de utilização que nem imaginamos ainda surgirão. Além disso, a própria noção e definição de “arte contemporânea” engloba manifestações artísticas de naturezas muito distintas, dimensões e pesos muitas vezes colossais, e mesmo de materiais pouco convencionais, que implicam em uma série de necessidades especiais.
Outra consideração importante é que estas instituições exercem papel fundamental e crescente como centro de convivência e têm assistido a um grande aumento no fluxo de seus visitantes e na diversificação do uso que fazem de seus edifícios. A versatilidade desses locais deve ser considerada desde o momento de criação do projeto arquitetônico.
Sendo assim, perguntamos à arquitetos japoneses e brasileiros envolvidos em projetos de grande envergadura de criação ou adaptação de instituições culturais, quais as premissas e desafios de projeta-las nos dias de hoje? E qual o papel do arquiteto nesse trabalho multidisciplinar?
"Projetando Instituições Culturais: Desafios Contemporâneos" traz nomes como Hiroshi Sambuichi, Vinicius Andrade, Tsuyoshi Tane e Thiago Bernardes ao longo deste ano para debates sobre estas questões e ouvir as propostas de arquitetos desses dois países, criando assim um paralelo e despertando o pensamento crítico em torno desse assunto.
PALESTRANTES
TSUYOSHI TANE | Formado em 2002, pela Tokai University, em Hokkaido, Tane teve importantes experiências profissionais na Inglaterra, Dinamarca e Japão. O arquiteto fundou a Atelier Tsuyoshi Tane Architects, com sede em Paris, em 2017, depois de ser co-fundador da Dorell.Ghotmeh.Tane / Architects, em 2006. É reconhecido por uma série de projetos e edifícios premiados, incluindo o Museu Nacional da Estônia.
THIAGO BERNARDES | Nasceu no Rio de Janeiro, em 1974, em uma família de arquitetos. Seu avô Sérgio Bernardes, um dos mestres da Arquitetura Moderna Brasileira fez história nas décadas de 50 e 60. Seu pai Claudio Bernardes é autor de um original e inconfundível estilo residencial, nas décadas de 80 e 90. Faz parte de seu currículo o trabalho iniciado, desde cedo, no ambiente familiar, no escritório do pai, o que lhe deu estímulo para abrir seu próprio escritório aos 19 anos. Com mais de vinte anos de experiência, Thiago Bernardes vem ao longo desses anos criando sua própria identidade sem abandonar a influência que seu pai e seu avô lhe deixaram.
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Projetando Instituições Culturais: Desafios Contemporâneos | Bate-papo com Tsuyoshi Tane e Thiago Bernardes
Quando: 08 de agosto de 2019, às 19h
Onde: Japan House São Paulo – Av. Paulista, 52
Participação Gratuita
*Senhas 1h antes na recepção.
Evento
Tsuyoshi Tane e Thiago Bernardes
08.08.2019