Evento

Junya Ishigami e Martin Corullon

Compartilhe

Construir um equipamento cultural nos dias de hoje é um grande desafio. Instituições culturais, entre elas os museus, há muito deixaram a postura de locais elitistas e herméticos para serem pensados e projetados como locais de livre acesso, ampliando ao máximo seu caráter democrático, tentando atrair um público mais abrangente e levando em consideração seu entorno. Passam a ser locais onde as mais variadas atividades são realizadas, além das tradicionais exposições e salvaguarda de obras, com espaços dedicados também para cafés e restaurantes, para realizações de palestras, encontros, oficinas práticas, projeções, performances... São instituições complexas que devem proporcionar aos visitantes experiências singulares.

Formas de utilização que nem imaginamos ainda surgirão. Além disso, a própria noção e definição de “arte contemporânea” engloba manifestações artísticas de naturezas muito distintas, dimensões e pesos muitas vezes colossais, e mesmo de materiais pouco convencionais, que implicam em uma série de necessidades especiais.

Outra consideração importante é que estas instituições exercem papel fundamental e crescente como centro de convivência e têm assistido a um grande aumento no fluxo de seus visitantes e na diversificação do uso que fazem de seus edifícios. A versatilidade desses locais deve ser considerada desde o momento de criação do projeto arquitetônico.

Sendo assim, perguntamos à arquitetos japoneses e brasileiros envolvidos em projetos de grande envergadura de criação ou adaptação de instituições culturais, quais as premissas e desafios de projeta-las nos dias de hoje? E qual o papel do arquiteto nesse trabalho multidisciplinar?

"Projetando Instituições Culturais: Desafios Contemporâneos" traz nomes como Hiroshi Sambuichi, Vinicius Andrade, Tsuyoshi Tane e Thiago Bernardes ao longo deste ano para debates sobre estas questões e ouvir as propostas de arquitetos desses dois países, criando assim um paralelo e despertando o pensamento crítico em torno desse assunto.

PALESTRANTES

JUNYA ISHIGAMI | Formado pela Tokyo University of the Arts, Junya Ishigami fundou seu escritório em 2004. Recebeu reconhecimento internacional após o concurso para o projeto das oficinas do Kanagawa Institute of Technology, recebendo o prêmio do Architectural Institute of Japan em 2009. Em 2010, o escritório recebeu o Golden Lion pelo melhor projeto da Bienal de Arquitetura de Veneza. Seus trabalhos recentes incluem o Serpentine Pavillion, em Londres, o projeto House&Restaurant, no Japão, e o Museu Politécnico da Rússia.

MARTIN CORULLON | É mestre pela FAUUSP e fundador do escritório METRO ARQUITETOS ASSOCIADOS. Desenvolveu nos últimos vinte anos projetos ligados à área cultural nas mais diversas instituições, entre elas a expografia da 30ª Bienal de Arte de São Paulo e o redesenho dos cavaletes de cristal do MASP, projetos pelos quais ganhou os prêmios APCA em 2012 e 2015, respectivamente. Desde 1994 mantém parceria com o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, com quem desenvolveu, entre outros, o projeto para o Cais das Artes em Vitória e a Galeria Leme em São Paulo.

--

Projetando Instituições Culturais: Desafios Contemporâneos | Bate-papo com Junya Ishigami e Martin Corullon
Quando
: 2 de setembro de 2019, às 19h
Onde: Japan House São Paulo – Av. Paulista, 52
Participação Gratuita
*Senhas 1h antes na recepção.

Junya Ishigami e Martin Corullon

junya.ishigami+associates Courtesy Collection Fondation Cartier pour l’art contemporain

polytechnic_museum©
Junya Ishigami e Martin Corullon

Cais das Artes - foto Leonardo Finotti

Voltar ao topo