O Dia da Montanha (山の日) é o mais recente feriado japonês, instituído a partir de 2016. Essa data marca a importância das montanhas dentro da cultura nipônica e tem como objetivo incentivar a população a estreitar sua relação com a natureza. Parte essencial da paisagem do arquipélago, as montanhas compõem cerca de 75% do seu território. Seu peso cultural se dá pelo valor sagrado que lhes é atribuído. Segundo a tradição xintoísta, os espíritos escalavam as montanhas para então se tornarem deuses. Mais tarde, o budismo trouxe a crença de que os espíritos alcançavam o estado de Buda ao chegarem no topo da montanha.
Também na arte, a montanha cumpre com um papel iconográfico na cultura nipônica em obras de poetas e artistas como Matsuo Basho e Katsushika Hokusai, que ajudaram a promover o Monte Fuji como um dos símbolos mais populares do país. Fujisan (富士山), como é chamado carinhosamente pelos japoneses, marca o ponto mais alto do arquipélago, com 3.776 metros de altura. Em 2013, foi incluído na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, pela sua influência significativa na cultura e na arte, não somente no Japão mas em todo o mundo. Este monte, na verdade, é um vulcão classificado como ativo, que teve sua última grande erupção em 1707. Assim, ele também representa o fascínio dos japoneses pela natureza: em constante mudança, é fonte de uma beleza incomparável, mas também de um incontrolável poder de destruição.
Neste vídeo, o montanhista Flávio Kitahara, da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo, conta um pouco da sua experiência escalando montanhas no Japão e sua ascensão ao Monte Fuji.
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