O kusudama (薬玉) é uma variação da técnica de origami, a tradicional arte japonesa de confeccionar figuras através de dobras de papel. Originalmente, o kusudama eram sachês de ervas medicinais, e ficavam pendurados próximos aos pacientes. Por isso, é composto pelos kanjis 薬 kusuri (remédio) e 玉 tama (esfera), cuja tradução literal seria “esfera de remédio”. Hoje, damos este nome à técnica de origami modular.
Neste vídeo, a artista Francinny Anzai ensina como fazer o módulo Sonobe. Esta é uma das unidades mais populares para construir origami modular, devido à simplicidade de técnicas para dobrar os módulos, e a grande possibilidade de construir diversas formas geométricas tridimensionais, encaixadas entre si. A primeira aparição deste módulo foi publicada em 1974 em um grupo de origami chamado Sosaku, no entanto, a autoria desta peça até hoje não é clara.
Como inspiração, a artista escolheu as cores do outono japonês, considerado uma das estações mais belas devido a mudança da coloração das folhas, que se misturam entre amarelos, laranja e vermelho até, por fim, se tornarem marrons, marcando a transição do verão para o inverno. A arte de apreciar as folhas de outono no Japão é chamada de momiji gari (红叶狩), que tem origem na palavra momiji (红叶), que, em chinês, significa folhas vermelhas, e também é o nome de uma árvore chamada bordo japonês, cujas folhas são algumas das mais procuradas para a apreciação.
Francinny Anzai é bacharel em comunicação social e especialista em cenografia e figurino pelo Centro Universitário Belas Artes São Paulo. Sempre teve interesse na cultura japonesa, principalmente pela arte. Academicamente estudou sobre cultura japonesa, principalmente cinema. O interesse por origami surgiu como hobby há mais de 14 anos, de forma autodidata, e continua aprendendo. Atualmente, concilia projetos cinematográficos e origami por meio da prática educacional, oferecendo cursos e workshops.
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